domingo, 16 de outubro de 2011

CASSINO DO GOMÊS – Nossas Guardas pelo Granadeiro Pascon/63

O Granadeiro Pascon da Cidade de São Carlos nos enviou a crônica abaixo:

Nossas guardas em especial, nos palácios presidenciais eram emocionantes, pois fazíamos parte da elite que ali entre colunas e mármores carrara, caminhávamos por lugares privilegiados sempre apreciados pelos turistas e visitantes.   Quantas fotografias que temos espalhadas por aí afora.  Às vezes sem nenhuma pretensão para tal aparecimento, mas as paisagens e os privilégios que nos cercavam, éramos também destaques em primeira mão, posicionados com os fundos arquitetônicos que ali nos cercavam. Todas as fotos que tiraram de nós, resumimos em uma só.  Todos nós ali  presente no sentido aparente e figurado.   Nas noites silenciosas interrompidas com o cantar dos grilos o coaxar dos sapos e rãs; caminhávamos em nossos postos a viajar com nossos pensamentos. Pensávamos de tudo, tínhamos tempo para isso.  Família, nossa cidade, a namorada que ficou nos esperando.  Tudo isso e mais etc; com aquele incentivo que as noites de Brasília nos proporcionavam com  seu profundo céu e aquele mar de estrelas  a Lua prateada  parecendo querer beijar a gente, nos levava  a lembranças e saudades.   Foi muito bom ser soldado  Armazenamos  tudo isso de várias maneiras. São sementes plantadas que estão sempre brotando.   Em nossas guardas, há muito que escrever e contar.  Essa narrativa é apenas um pequeno detalhe.     Apenas quis relembrar  essas passagens   espero que vocês  relembrem também.
Pascon.
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3 comentários:

Cunha disse...

Pascon
Você me fez acionar um video tape que está arquivado para sempre em minha memória e, acredito, na de todos que participaram das guardas nos palácios. Mesmo com a grande responsabilidade com que ocupávamos o posto, principalmente à noite, não tínhamos como nao refletir em muitas coisas como você mesmo citou. Já tive oportunidade de dizer o quanto era emocionante, por sua beleza, as alvoradas no Palácio.Realmente, em nossas guardas há muito o que escrever e contar...As boas lembanças nunca serão esquecidas.
Cunha

Granadeiro C.Gomês disse...

O Granadeiro Pascon serviu em 1963 e eu servi em 1989, o que ele descreve no texto acima narra não somente a visão daquele ano, mas também descreve em seu texto uma linguagem tal qual tivesse servido em 1989.
Obrigado pelas ótimas lembranças

Anônimo disse...

CARAMBA!!!!! COMO VIAJEI NESTE TEXTO PASCON. CONFESSO QUE CHEGOU Á DAR UM NÓ NA GARGANTA.FOI COMO SE EU TIVESSE VOLTADO NO TEMPO E ME VÍ NOVAMENTE NOS POSTOS DO PALACIO, CASA DA DINDA, GRANJA DO TORTO, JABURÚ, ALVORADA, PANTEÃO E ETC...VALEU MUITO. NIVALDO LICIO BS-GOIÂNIA
obs. posso copiar ?