segunda-feira, 25 de junho de 2012

Cel. Xavier - Liberação das Drogas!


Gosuen!
Segue artiigo publicado no dia 1 de junho no jornal O REGIONAL, diário com cobertura a 800.000 habitantes.                                                        
 
Cel. Xavier - Liberação das Drogas!

A comissão responsável pela reforma da lei penal anuncia a liberação das drogas com ares de que está consciente e certíssima do que está fazendo. Fiquei surpreso porque nas últimas eleições na Califórnia nos Estados Unidos, a população teve o privilégio de votar sim ou não a este assunto e o “não” saiu vencedor.
 O sentimento particular é de profunda tristeza, ante a depauperação dos costumes.  Com uma vida campesina até os onze anos, cavalgando, pescando, caminhando distância longa até a escola e trabalhando todo santo dia, nem ao menos ouvia-se falar em drogas, alguns poucos fumavam seu palheiro.
 Após isso vivi em ambiente coletivo, seminário em São Sebastião do Paraíso, dos treze aos quinze anos de onde  não tenho uma só lembrança negativa; não vi pederastia, pouquíssimos fumavam.
 Dos quinze aos dezenove, trabalhei em vários ambientes com muitas pessoas; o que não fiz foi ficar parado uma só semana; então, até sair do interior paulista, jamais tive contanto com drogas. Pederasta a turma da rua falava de um, conhecê-lo mesmo não.
 Em Brasília a coisa mudou, o assunto se tornou  corriqueiro, mesmo assim, nos ambientes dos quartéis não tive contato com drogas, a não ser na polícia a título de instrução.
 Tínhamos à época o conhecimento do movimento hippie que assistíamos curiosos. Muitos de nós adotaram a cabeleira, o andar vagaroso de quem está desligado e  diz: “não estou nem aí ”. Também a rebeldia individual, principalmente ante aos costumes em família; escolar e da sociedade formal de uma modo geral.

 Artistas daquela época que incorporam parte da cultura “hippie” estão aí fazendo sucesso até hoje. A citação deste movimento dentre outros que surgiram na sociedade, vem atrelada a ideia anarquista que pegou garupa na ascensão comunista.
 Mote político da geração dos anos sessenta, resta na mente da elite, inclusive de intelectuais jovens à época que se aproveitaram dela para a ascensão pessoal: conceitos que julgam incontestáveis de que esta é a melhor forma de se viver.
Assim foi que  a vertente anarquista como técnica de contestação do sistema formal; família, pátria e tradição passou a ser  renegada em todas as instâncias informais e até na igreja, principalmente daqueles que aderiram à teoria da libertação.
 Felizmente combatida à exaustão  por Karol Vojtyla, a teoria da libertação deixou apenas seus resquícios, foi detonada e posto ao chão também  o muro de Berlim, tendo como ator no fronte Mikael Gorbachev que ao completar vinte anos da histórica derrubada disse:
  "A República da Rússia foi liderada por pessoas que agiram contra os princípios da perestroika, contra uma nova forma de união em que todas as repúblicas são iguais. Essas pessoas eram como animais, sedentos de poder, arruinaram o país (...). Como político talvez tenha perdido, mas as políticas que defendi permitiram realizar todas as transformações necessárias até 1991", reconhece Gorbachev. "Perdi, mas a perestroika ganhou", realça.
 Nos últimos  anos, religiosos Catanduvenses insinuaram imiscuírem-se na política partidária, porém não conseguiram sem a renúncia do exercício de suas funções de  clérigos, então recuaram para regozijo do rebanho, com certeza ganhou a igreja, obra do Santo Papa.
 Tomo a liberdade de recomendar aos que não assistiram aos dois filmes sobre a vida de Karol  Vojtyla que o façam, principalmente os católicos.
 Voltando à notícia da liberação de drogas via lei penal, vejo uma temeridade. Enquanto sociedades de primeiro mundo submetem ao voto a questão, em nossa terra nos impõe via congresso: para não me alongar fico com Gorbachev.
A minha experiência  profissional de ver jovens  bonitos, sadios, cheios de vida se definhando pelo vício, envolvendo-se em crimes de toda ordem e morrendo drasticamente em consequência do usos de drogas: é dolorosa.
 Infelizmente, resta a dúvida se as medidas tomadas pelos políticos brasileiros, consideram o indivíduo na plenitude de sua potencialidade, com os seus atributos da natureza humana e dons, envolvidos num projeto de futuro de longo  prazo ou se contemplam o anseio político:  o voto nas urnas a qualquer preço decorrente do que decidem na próxima eleição. Quem não gosta de “liberalidade e libertinagem”: voto certo esta decisão.
 É constrangedor dizer, porém: a minha mais profunda análise induz a pensar como o líder Russo a respeito de nossos mandatários: (vide Lula e os ministros), uma afronta a sociedade brasileira, somada aos aloprados e o mensalão. Até quando???...
 
José Carlos Xavier
Formação Superior:
Administração Policial Militar, Direito e Educação Física


Sr. Granadeiro e Cel. PMSP. Xavier seja bem vindo nesta que a partir de agora é sua coluna. O espaço está aberto para suas matérias e comentários, inclusive seria muito bom algumas matérias sobre a nossa querida Polícia Militar do Estado de São Paulo. Muito Obrigado pela sua colaboração
Blogguer e Granadeiro C.Gomês

Xaxá e Esposa

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2 comentários:

Anônimo disse...

http://www.mundolusiada.com.br/colunas/sociedade-brasileira/o-anacronismo-dos-tempos-modernos/

A corrupção endêmica nas entidades estatais, nos tempos modernos, é tão velha quanto a dos tempos primitivos ou das primitivas civilizações. Apenas mais sofisticada. Carl Schmitt (O conceito do político) e Maquiavel (O príncipe) continuam atualíssimos.
Nos costumes, a denominada liberdade sexual, em que dar vazão aos instintos é modelo da modernidade, remonta, pelo menos, ao tempo da decadência babilônica, quando as mulheres conseguiam seus dotes para o casamento entregando-se livremente no templo, ou à decadência do Império Romano. Políbio (História), este historiador grego que viveu em Roma, demonstrou que tal liberdade estava desfazendo as famílias romanas, prevendo o fim do império pela deterioração dos costumes.
oOO
Como diz o Prof.Henrique José de Souza, sobre a época atual. Ele define como um "FIM DE CICLO APODRECIDO E GASTO"
OoO

pk

Anônimo disse...

Excelente artigo do Cel.Xavier sobre a questão da liberação das drogas. É inadmissível aceitar que o século XXI,que deveria trazer a esperança de evolução do homem, penetrou numa escura e interminável noite de amoralidade. Como bem lembrou PK numa frase do Prof.Henrique de Souza: ".. Estamos vivendo um ciclo apodrecido e gasto".
Em alguns trechos de escritores famosos, resumirei a triste situação da humanidade:
-" A Terra vivencia neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para o mundo de regeneração. Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, da decadência das conquistas da civilização e da cultura..."(André Luis/Chico Xavier)
- " O que mais me preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons".(Luter King)
-"Prefira afrontar o mundo servindo sua consciência, a afrontar sua consciência para ser agradável ao mundo". (Humberto de Campos)
- "A Educação para a vida, e a cultura ao longo dos anos, deve plasmar consciências coletivas estruturadas nos valores eternos da sociedade: MORALIDADE, ESPIRITUALIDADE e ÉTICA".

A meu ver, liberdade excessiva de hábitos e costumes negativos só podem causar danos perniciosos ao ser humano, concorrendo para transtornos na sociedade.
Cunha