Gosuen!
Segue artiigo publicado no dia 1
de junho no jornal O REGIONAL, diário com cobertura a 800.000 habitantes.
Cel. Xavier - Liberação
das Drogas!
A comissão responsável pela
reforma da lei penal anuncia a liberação das drogas com ares de que está
consciente e certíssima do que está fazendo. Fiquei surpreso porque nas últimas
eleições na Califórnia nos Estados Unidos, a população teve o privilégio de
votar sim ou não a este assunto e o “não” saiu vencedor.
O sentimento particular é de profunda
tristeza, ante a depauperação dos costumes.
Com uma vida campesina até os onze anos, cavalgando, pescando,
caminhando distância longa até a escola e trabalhando todo santo dia, nem ao
menos ouvia-se falar em drogas, alguns poucos fumavam seu palheiro.
Após isso vivi em ambiente coletivo, seminário
em São Sebastião do Paraíso, dos treze aos quinze anos de onde não tenho uma só lembrança negativa; não vi
pederastia, pouquíssimos fumavam.
Dos quinze aos dezenove, trabalhei em vários
ambientes com muitas pessoas; o que não fiz foi ficar parado uma só semana;
então, até sair do interior paulista, jamais tive contanto com drogas.
Pederasta a turma da rua falava de um, conhecê-lo mesmo não.
Em Brasília a coisa mudou, o assunto se
tornou corriqueiro, mesmo assim, nos
ambientes dos quartéis não tive contato com drogas, a não ser na polícia a
título de instrução.
Tínhamos à época o conhecimento do movimento
hippie que assistíamos curiosos. Muitos de nós adotaram a cabeleira, o andar
vagaroso de quem está desligado e diz:
“não estou nem aí ”. Também a rebeldia individual, principalmente ante aos costumes
em família; escolar e da sociedade formal de uma modo geral.
Artistas daquela época que incorporam parte da
cultura “hippie” estão aí fazendo sucesso até hoje. A citação deste movimento
dentre outros que surgiram na sociedade, vem atrelada a ideia anarquista que
pegou garupa na ascensão comunista.
Mote político da geração dos anos sessenta,
resta na mente da elite, inclusive de intelectuais jovens à época que se
aproveitaram dela para a ascensão pessoal: conceitos que julgam incontestáveis de
que esta é a melhor forma de se viver.
Assim foi que a vertente anarquista como técnica de
contestação do sistema formal; família, pátria e tradição passou a ser renegada em todas as instâncias informais e
até na igreja, principalmente daqueles que aderiram à teoria da libertação.
Felizmente combatida à exaustão por Karol Vojtyla, a teoria da libertação
deixou apenas seus resquícios, foi detonada e posto ao chão também o muro de Berlim, tendo como ator no fronte
Mikael Gorbachev que ao completar vinte anos da histórica derrubada disse:
"A
República da Rússia foi liderada por pessoas que agiram contra os princípios da
perestroika, contra uma nova forma de união em que todas as repúblicas são
iguais. Essas pessoas eram como animais, sedentos de poder, arruinaram o país
(...). Como político talvez tenha perdido, mas as políticas que defendi
permitiram realizar todas as transformações necessárias até 1991",
reconhece Gorbachev. "Perdi, mas a perestroika ganhou", realça.
Nos últimos
anos, religiosos Catanduvenses insinuaram imiscuírem-se na política
partidária, porém não conseguiram sem a renúncia do exercício de suas funções
de clérigos, então recuaram para
regozijo do rebanho, com certeza ganhou a igreja, obra do Santo Papa.
Tomo a liberdade de recomendar aos que não
assistiram aos dois filmes sobre a vida de Karol Vojtyla que o façam, principalmente os
católicos.
Voltando à notícia da liberação de drogas via
lei penal, vejo uma temeridade. Enquanto sociedades de primeiro mundo submetem
ao voto a questão, em nossa terra nos impõe via congresso: para não me alongar
fico com Gorbachev.
A minha experiência profissional de ver jovens bonitos, sadios, cheios de vida se definhando
pelo vício, envolvendo-se em crimes de toda ordem e morrendo drasticamente em
consequência do usos de drogas: é dolorosa.
Infelizmente, resta a dúvida se as medidas
tomadas pelos políticos brasileiros, consideram o indivíduo na plenitude de sua
potencialidade, com os seus atributos da natureza humana e dons, envolvidos num
projeto de futuro de longo prazo ou se
contemplam o anseio político: o voto nas
urnas a qualquer preço decorrente do que decidem na próxima eleição. Quem não
gosta de “liberalidade e libertinagem”: voto certo esta decisão.
É constrangedor dizer, porém: a minha mais
profunda análise induz a pensar como o líder Russo a respeito de nossos
mandatários: (vide Lula e os ministros), uma afronta a sociedade brasileira,
somada aos aloprados e o mensalão. Até quando???...
José Carlos Xavier
Formação Superior:
Administração Policial Militar, Direito
e Educação Física
Sr. Granadeiro e Cel. PMSP.
Xavier seja bem vindo nesta que a partir de agora é sua coluna. O espaço está
aberto para suas matérias e comentários, inclusive seria muito bom algumas
matérias sobre a nossa querida Polícia Militar do Estado de São Paulo. Muito
Obrigado pela sua colaboração
Blogguer e Granadeiro C.Gomês
Xaxá e Esposa |
2 comentários:
http://www.mundolusiada.com.br/colunas/sociedade-brasileira/o-anacronismo-dos-tempos-modernos/
A corrupção endêmica nas entidades estatais, nos tempos modernos, é tão velha quanto a dos tempos primitivos ou das primitivas civilizações. Apenas mais sofisticada. Carl Schmitt (O conceito do político) e Maquiavel (O príncipe) continuam atualíssimos.
Nos costumes, a denominada liberdade sexual, em que dar vazão aos instintos é modelo da modernidade, remonta, pelo menos, ao tempo da decadência babilônica, quando as mulheres conseguiam seus dotes para o casamento entregando-se livremente no templo, ou à decadência do Império Romano. Políbio (História), este historiador grego que viveu em Roma, demonstrou que tal liberdade estava desfazendo as famílias romanas, prevendo o fim do império pela deterioração dos costumes.
oOO
Como diz o Prof.Henrique José de Souza, sobre a época atual. Ele define como um "FIM DE CICLO APODRECIDO E GASTO"
OoO
pk
Excelente artigo do Cel.Xavier sobre a questão da liberação das drogas. É inadmissível aceitar que o século XXI,que deveria trazer a esperança de evolução do homem, penetrou numa escura e interminável noite de amoralidade. Como bem lembrou PK numa frase do Prof.Henrique de Souza: ".. Estamos vivendo um ciclo apodrecido e gasto".
Em alguns trechos de escritores famosos, resumirei a triste situação da humanidade:
-" A Terra vivencia neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para o mundo de regeneração. Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, da decadência das conquistas da civilização e da cultura..."(André Luis/Chico Xavier)
- " O que mais me preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons".(Luter King)
-"Prefira afrontar o mundo servindo sua consciência, a afrontar sua consciência para ser agradável ao mundo". (Humberto de Campos)
- "A Educação para a vida, e a cultura ao longo dos anos, deve plasmar consciências coletivas estruturadas nos valores eternos da sociedade: MORALIDADE, ESPIRITUALIDADE e ÉTICA".
A meu ver, liberdade excessiva de hábitos e costumes negativos só podem causar danos perniciosos ao ser humano, concorrendo para transtornos na sociedade.
Cunha
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