terça-feira, 29 de novembro de 2011

CASSINO DO GOMÊS – Obras de Arte dos Granadeiros


Enviado pelo camarada Rezende Cunha

Olá Granadeiros!

Como sou observador da natureza, fico admirando como ela se apresenta em suas diversas formas arquitetônica, colorista, paisagista e por aí vai... Você já prestou atenção aos detalhes das árvores bem formadas ou só curte a sombra fresca e úmida que elas oferecem? Parece, às vezes, obra de topiaria.
Prestando mais atenção, principalmente nas mangueiras, dá para se perceber entre os galhos, formações que às vezes, nos lembram instrumentos de música e cujos frutos parecem notas musicais balançando-se em pautas imaginárias. E sua florada, então?  é difícil não perceber os variados matizes de colorido com seu leve perfume se espalhando em todas as direções.  Talvez seja por isso  que os poetas fazem homenagens  a elas, recebendo até nome de Escola de Samba, inclusive: " Mangueira teu cenário é uma beleza /  que a natureza, criou ...  ...  ... pelo som da bateria / até parece batalhão naval".
Com a brisa favorecendo o balé das folhas novas de variados tons de verde, de lilás, bordô, transformado toda esta beleza  em música, arme sua rede, descanse e entre na história da manga.
Há um fato expresso há 2.500 anos, na sombra de uma mangueira no longínquo oriente, onde Sidharta meditava sobre a vida, deixando seus ensinamentos na história, vindo a ser o "Iluminado" Buda.
Contam os historiadores baianos que as mangueiras existentes na Av.7 de Setembro, no trecho do Corredor da Vitória, Salvador, foram da época da Caramuru e Catarina Paraguassu, personagens da fundação da cidade do Salvador, por volta de 1557.
Outra lembrança de mangueira, tem um cunho mais sério, militar, eu diria. Data do início do século passado ocorrido na Serra da Mantiqueira, que vai até a região das Agulhas Negras.  Conta a história de  Mãe Maria, que rezava sob a fronde da mangueira esperando a volta do filho que foi para a guerra. Este hábito foi transformado em música - Na Serra da Mantiqueira - e em seguida, em peça teatral. "Na Serra da Mantiqueira  /  sob a fronde da mangueira  /  que ela em moça viu plantar  /  sentadinha no seu banco  /  lá na encosta do barranco  /  Mãe Maria vai sonhar"...
A apoteose que levava aos aplausos finais, era o encontro da mãe com o filho no céu.
A manga também faz parte da história.
Anexos, dois mosaicos (tipo painel) feitos por mim e um quadro técnica de relevo, para reforçar a lembrança da manga. Não sei se estou lhe incomodando  com tantas coisas mas, através da arte, passei a registrar o que vejo, o que pesquiso ou o que sinto.

Abrs.
Cunha



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2 comentários:

Anônimo disse...

A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros. (Prof. Dr. Guido Nunes Lopes)

Este é o CUNHA que nós não vimos na "Ordem Unida"...

Colei algumas palavras do prof.Guido, em seu texto sobre Religião e Espiritualidade, porque você citou Gautama, o príncipe iluminado.

E agradeço por trazer um vocábulo desconhecido para mim: TOPIÁRIA =
Topiária é a arte de podar plantas em formas ornamentais. A arte da topiária é uma prática da jardinagem que consiste em dar formas artísticas às plantas mediante corte com tesouras de podar.

E algo que eu gostaria de acrescentar é que há manga que tem a forma de um coração ... e o coração, dizem, é o centro da espiritualidade.

Paz e Luz!

PK

Anônimo disse...

PK

Seus comentários são sempre válidos. São incentivos para os meus pequenos trabalhos.
Abrs.
Cunha