Ontem ao ver no noticiário a escola de samba campeã do carnaval do Rio de Janeiro, Beija Flor, que neste ano como tema homenageou o nosso rei da música Roberto Carlos, me recordei de uma passagem do BGP em 1989.
Enquanto a Cia do Cerimonial estava perfilada na frente do Palácio do Planalto em cerimônia para chefes de estado, aguardando a passagem do príncipe Charles que nos visitava naquele ano, eu e mais alguns integrantes estávamos em outra posição lateral, afastados dos holofotes principais como elementos de apoio à intendência. Comigo estavam vários colegas da 4.ª Cia e um deles um colega oriundo de uma cidade do interior do centro-oeste brasileiro, um jovem de pouca formação acadêmica, porém de grande companheirismo de caserna, rapaz pouco letrado mas de muita educação que de repente vira para mim e pergunta:
- Paulista, quem é esse cara que vem hoje ai?
- É o príncipe Charles
- E o que ele faz?
- Ele é príncipe!
- E que um príncipe faz?
- Ele será o substituto do rei da Inglaterra
- Mas o que faz o rei da Inglaterra?
- Representa o povo da Inglaterra
- Sim, mas o que ele faz? Não tem profissão?
- Ah sim! Na maioria dos príncipes eles são da marinha, mas só por formação o negócio deles é virar rei depois
- Mas ele não faz mais nada?
- Não! Por que?
- Não, é por que este rei ai então não é de nada!
- Mas o por que?
- Por que Rei tem que ser bom em alguma coisa, olha só “nois” aqui do Brasil, rei Pelé joga Bola, rei Roberto Carlos canta pra caramba e esse ai é só marinheiro??????
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Acho que essa também cabe no momento aloprado.
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