“Uma nova “Inquisição”
A Inquisição foi no passado distante o instrumento criado pela “intelligentsia” da Igreja Católica para a supressão dos hereges. A 1ª foi fundada em 1184. Outras se seguiram. A mais cruel foi a Espanhola que desusada e abestalhadamente, no seu furor promoveu, sob a tutela da legalidade, uma verdadeira caça às bruxas.
É evidente, que dispondo de tal poder, os “situacionistas” deitaram, rolaram e infernizaram, quando não acabaram com a vida de desafetos, credores, mal amados etc. À época, faltou lenha para queimar tantos hereges, bruxas e feiticeiros.
Posteriormente, no Brasil foram criadas as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), instrumento legal, conduzido por parlamentares para investigar, esmiuçar fatos, eventos. Na prática - buscar a verdade.
Delas já tivemos um punhado. Seus principais atores aproveitam o palco e interpretam seus papéis com raro estardalhaço, afinal tudo é televisionado, e desandam a promover canastrices sob nossos arregalados olhos. Descobrem alguma coisa? Desnudam a verdade? Os resultados são pífios.
Hoje, nossas atenções voltam - se para uma “nova Inquisição”, a da Verdade. Os objetivos são pretensiosos, amplos, pois são muitos os esqueletos nos armários. Como ilustração, os seus membros deveriam ler livros como “A verdade Sufocada”, “ A Grande Mentira”, entre outros.
Embusteira e fantasiosamente, ela tem por objetivo “promover a reconciliação nacional”, e terá a função de “promover o esclarecimento circunstanciado dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e sua autoria, ainda que ocorridos no exterior”.
Quanto ao terrorismo, negas, quanto aos assaltos a bancos, seqüestros, justiçamentos, assassinatos, roubos, nem pensar. Respeitar as decisões do STF, quem respeita?
A inquisição tem o explícito compromisso de primar pela parcialidade e satisfazer as vingativas e sedentas esquerdas, e espera perpetrar a insânia com o aval do Congresso, composto por um rebanho de bovinos, pois é useiro e vezeiro em votar “bovinamente”. Assim, as aspirações dos celerados têm tudo para dar certo.
A aprovação do Projeto de Lei que cria a Comissão será um vistoso passo no cumprimento do 3º PNDH; depois, pelas beiradas, outros passos serão concretizados, apesar da chiadeira que considerou o documento um acinte, uma tirania buscando a legalização da sociedade nacional.
Por ora, apesar do sepultamento das tentativas de revisão da Lei da Anistia, é licito crer que a Comissão será a ferramenta para azucrinar a paciência daqueles que impediram aos subversivos de quebrar a Lei e a Ordem, bem mais do que eles pretendiam à época, e deixar de barbas de molho as instituições, às quais aqueles “famigerados’ agentes da lei pertenciam.
É, bem fez o Exército Brasileiro com o aval das demais Forças Singulares em elaborar um documento para o Ministro da Defesa expondo suas preocupações. Mostra que o moribundo ainda respira.
Mas sabemos cumé, né, os milicos são inconfiáveis.
Por isso, despachem o “papiro” para a “cesta” seção ou ...., e temos conversado.
Brasília, DF, março de 2011
Gen Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
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