"De manhã
Quando o sol aparece
Vem o vento
A brisa soprar
O barqueiro
De gozo se esquece
Das agruras
Do plácido mar
Leves portais
Brisas soprai
As verdes ondas
Do plácido mar
Barcos voai
Brisas soprai.."
SÍLVIO FIAMONCINI era o nome do terceiro sargento. Era catarinense.
O adestramento militar não lhe ofuscara o lado humano, aquele tesouro que
os viventes trazem dentro de si e que nem todos percebem a existência
e o seu brilho latente.
Um dia o sargento Fiamoncini, na pérgula da CPP, dirigiu-se a mim e deu-me de
presente uma estrela de oficial que guardo como símbolo de sua bondade.
Foi ele uma das pessoas que nos mostrou-se como um irmão mais velho.
Certa ocasião ele convidou alguns dos soldados para ensaiarem um pequeno coral, tendo
em vista uma apresentação beneficente. Na data marcada ele nos acolheu em sua residência no bairro do "Cruzeiro", que era também chamado de "Vila dos Sargentos". Recebeu-nos muito bem, servindo-nos refeição e hospedagem.
De lá nos dirigimos ao bairro do "Gama" onde nos encaminhamos a um cinema
que se prestava ao evento de caridade. Fomos ao palco e, sob regência do sargento, fizemos a apresentação do "Barcos Voai".
Na memória ficaram apenas fragmentos da canção e nem mesmo lembro do seu nome correto, mas ficou a certeza de que, por dentro das fardas, pulsa o sentimento de solidariedade e fraternidade.
Colaboração do Granadeiro Pekowal
5 comentários:
Ah!Pekowal, que bem fazes em trazer de um passado distante as boas lembranças do Sgt Catarina, o FIAMONCINI. Camarada, bonhachão, forte, bacana, companheiro. Ele e mais o LAUDELINO, o GUEDES (que faleceu atropelado , em Campinas), o ALEX, o OBED, sargentos bacanas, de quem lembramos com saudades e carinho.A um tempo atrás descobri que ele estava morando em TUBARÃO/SC. Tomara que ele veja este comentário e a matéria acima. Também ele deve sentir saudades da boa caserna vivida no BGP. Xerem-
Xerém, quero agradecer pelas suas palavras de carinho. Uma vez ouvi alguém dizer: "O bem faz o bem". Então, vindo de você, posso assegurar que as palavras de bondade só podem ter origem em alguém que seja bom.
Quanto aos nossos instrutores e orientadores militares, eram como as cabeças e os corações e nós completávamos o restante deste grande corpo.
Eram um misto de família, irmãos, professores e
não poderia faltar o lado religioso representado pelo capelão que, à época era a figura do Frei Osório. BGP, a paróquia do Frei Osório.
)(pekowal)(
Com grande emoção, lendo estas postagens,lembrei- perfeitamente do grande Fiamoncini.Fiz parte também do Coral e como cantávamos "Barcos Voai e o Tiro Liro"!..A recordação daqueles tempos está viva em mim e sinto-me honrado em ter sido instruído por Fiamoncini e nossa turma sempre comentava que uma conversa com ele era uma "aula de relações humana"; também tenho boa recordação do Frei Osório e do papagaio que imitava os toques das cornetas.778 Cunha (1963 a 640)zelitorezende@hotmail.com
Olá, fiquei emocionada ao ler essa mensagem, pois me fez lembrar das histórias que meu pai contava.. o militar Silvio Fiamoncini, catarinense e que morou no Cruzeiro, em Brasília! Se estamos falando da mesma pessoa, não tenho certeza, mas agradeço desde já pelas belas palavras. Celi Fiamoncini
O E-mail do autor é:
pekowal@ig.com.br
Se quiser escrever para ele tenho a certeza de que ficará feliz com a sua mensagem.
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