Hoje 12 de setembro de 2011 completamos 48 anos do levante de Brasília, uma sublevação que teve como protagonistas militares graduados das três armas, com efetivo maior os sargentos da aeronáutica de Brasília, sendo do Exército apenas uns 2 ou 3 graduados. Este evento também ficou conhecido como a revolta dos sargentos, isso por que não teve a participação de nenhum oficial de nenhuma das armas.
Vejamos alguns dados complementares:
· Motivação: decisão do Supremo Tribunal Federal de reafirmar a inelegibilidade dos praças para os órgãos do Poder Legislativo, conforme previa a Constituição de 1946. A Carta de 1946 proibia, embora de forma pouco explícita, que os chamados graduados das forças armadas (sargentos, suboficiais e cabos) exercessem mandato parlamentar em nível municipal, estadual ou federal. No dia 11 de setembro, o Supremo Tribunal Federal confirmou a sentença do Tribunal Regional Eleitoral gaúcho acerca do impedimento da posse do sargento Aimoré, o que implicava que os sargentos, suboficiais e cabos eram declarados definitivamente inelegíveis
· Participantes: 536 Graduados da Aeronáutica e Marinha, sendo 284 da Aeronáutica e 252 da Marinha. Os prisioneiros foram mandados para o Rio, onde foram alojados em um barco-presídio ancorado na baía de Guanabara
· Modos de ação: se apoderaram dos prédios do Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP), da Estação Central de Rádio-Patrulha, do Ministério da Marinha, da Rádio Nacional e do Departamento de Telefones Urbanos e Interurbanos (DTUI). As comunicações de Brasília com o resto do país foram cortadas. Vários oficiais foram presos e levados para a base aérea de Brasília, foco da sublevação, onde também ficou detido o ministro do STF Vítor Nunes Leal. O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, deputado Clóvis Mota, foi recolhido ao DFSP. Os rebeldes, chefiados pelo sargento da Aeronáutica Antônio de Prestes Paula, receberam o apoio dos deputados Sérgio Magalhães, Neiva Moreira, Lamartine Távora, Marco Antônio Coelho, Henrique Oest e Emanuel Waissman, que compareceram à base aérea em nome da Frente Parlamentar Nacionalista. Um grupo de 150 cabos e sargentos tentou ocupar o Ministério da Aeronáutica, mas a recusa da guarda de plantão do edifício em aderir forçou-os a se retirarem.
· Resultado: O levante foi sufocado por tropas do Exército, em especial as guarnições do BGP – batalhão da Guarda Presidencial. Os prisioneiros foram mandados para o Rio, onde foram alojados em um barco-presídio ancorado na baía de Guanabara. Suspeitos de terem participado do planejamento da rebelião, os principais líderes do movimento dos sargentos foram imediatamente presos no Rio, em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Foi instaurado um inquérito policial-militar (IPM) na 2ª Auditoria do Exército, em São Paulo. Em 19 de março de 1964, os 19 indiciados no IPM - todos sargentos - foram condenados a quatro anos de prisão.
Texto desenvolvido pelo Granadeiro C.Gomês Turma de 89 com dados numéricos colhidos do http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_dos_sargentos e também através de conversas com o Cel. Ary, na época Ten. Santos (BGP 1960-1964), Cel. Inf. QEMA Ref. (Turma Montese). Hoje pesquisador e escritor da História do Exército Brasileiro.
Vou acrescentar ainda hoje mais algumas matérias abaixo enviadas pelos Granadeiros colaboradores aqui do Blog com o intuito de sabermos de todos os lances deste dia e as diferentes visões dos cabos, soldados, sargentos e oficiais que ali participaram efetivamente.
Com isto acredito estar contribuindo para a consolidação da História viva do Brasil e também homenagear os brasileiros que estavam lá para garantir a lei e a ordem de um país envolto em enormes dificuldades políticas
Um comentário:
KADU E XEREM,
HOJE VOCÊS ARREPIARAM!!!!
)( pekowal )(
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