domingo, 27 de fevereiro de 2011

AMIGOS DO BPEB BATALHÃO DE POLÍCIA DO EXÉRCITO DE BRASÍLIA – Ten. Raimundo Floriano.


Sargento Floriano – 1961


O amigo Blum, que foi Brigada na valorosa PE, veio pegar-me na 215 Sul, de onde já saímos ouvindo marchas militares no toca-fitas do seu carro.
            Nossa chegada ao Portão das Armas marcou o início desse dia especial, quando comemoramos o 46º Aniversário do BPEB - Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, o Batalhão Brasília, do qual sou um dos fundadores.
            Era 12 de maio de 2006. Embora 13 fosse a data oficial, a festividade aconteceu com um dia de antecedência, pelo fato de cair numa sexta-feira.
            Após recebermos os cumprimentos do Cerimonial, fomos nos deparando com velhos camaradas que disseram Ad sumus!   – Aqui estamos!
            O Soldado Alves se apresentou. Praça de 1962, hoje advogado de sucesso no DF, desde então não nos víamos. Empatia imediata. E o passado foi-se materializando: Geraldo Nascimento, vulgo Sepetiba, que doou o primeiro “camburão” para a Unidade, nos idos dos anos 60; Coronel Paulo Izaías, nosso Comandante de 1961 a 1963; Coronel Jannuzzi e Soldado Geraldo Branquinho, esses dois oriundos da 6ª Companhia de Guarda, pioneira do Verde-Oliva na Capital Federal; Sargento Abílio Teixeira, com o porte e a elegância de um parlamentar; Capitão Cunha, Júlio Mandacaru, Luciano e muitos outros, além deste Furriel que vos fala, 39 anos após sua baixa, em 1967, devido à aprovação em concurso público para a Câmara dos Deputados.
            Exatamente às 11h00, sob o Comando do Ten-Cel Negraes, teve início a solenidade. Em frente aos palanques, o pátio vazio.
            Súbito, no vão entre os pavilhões do PIC e do S/3, começou a surgir a Tropa. Primeiramente, a Banda, depois a Bandeira, o Estado-Maior e as Companhias, entoando a canção Fibra de Herói, de Guerra Peixe e Teófilo Barros Filho, secundada pela Canção da Infantaria, de Thiers Cardoso e Hildo Rangel.
            Arrepios! Arrebatamentos! A vibração começou a tomar conta de todos os presentes. Ênfase especial para o impecável adestramento daquele corpo de militares que se expunha ante nossos olhos!
            Seguiram-se os atos de preito ao Marechal Zenóbio da Costa, Patrono da PE, condecorações e a Fala do Comandante. Então, entoamos a Canção do BPEB, letra e música do General Paulo Roberto Yog de Miranda Uchoa, o que já acentuou em nosso peito incontido aperto de sentimentos cívicos.
            Logo em seguida, todos nós, os PEs da Velha Guarda, com o Capitão Araújo liderando nosso Pelotão como Porta-Símbolo, desfilamos em frente à Tropa e aos palanques, na cadência do dobrado Batista de Melo, de Mathias de Almeida, e haja coração para agüentar mais outro tranco de emoção!

Banda de Música do BPEB: dobrados inesquecíveis
Acervo Laboratório Fotográfico do Batalhão Brasília

Dando continuidade, o Batalhão desfilou em continência ao Comandante, às autoridades e aos convidados, ao som do dobrado São Cipriano, de João Nascimento.
            Culminando a festividade no pátio, a Pirâmide Humana, com 30 homens sobre uma motocicleta, brindou-nos com seu magnífico show, que já faz parte do Guiness Book of Records, por ser único no mundo – 47 elementos!
            Um coquetel musical, no Pavilhão do Comando, deu o ponto final, o arremate na inesquecível confraternização.
            Ao nos despedirmos dos camaradas, e ao transpormos o Portão das Armas, eu e o meu amigo Blum parecíamos dois recrutas saindo para casa em dia de dispensa. Sim, porque nossa ausência é transitória, efêmera. Na próxima solenidade, responderemos novamente à chamada para, junto à mocidade do nosso Batalhão, com juvenil entusiasmo, cantarmos:

“No Planalto Central Brasileiro
A estrela da ordem já brilha
Pois surgiu com seu porte altaneiro
O soldado PE de Brasília!”

            O texto acima foi enviado, pela Internet, tão logo o redigi, para o Comandante do BBEB, que assim me deu o retorno:

“Tenente Raimundo Floriano,
Muito Obrigado pelo e-mail. São estes tipos de mensagens que demonstram que ainda existem pessoas com sentimento de civismo e amor pelas instituições. Hoje, 2ª feira, esta vossa mensagem foi lida durante a reunião dos oficiais do BTL, e posteriormente afixada uma cópia em cada celotex das SU. Lembre-se de que o BPEB continua sendo a extensão de vosso lar. Uma vez PE! Sempre PE! TC Negraes, CMT do BPEB.”

            No dia 13 de maio de 2010, o BPEB completa o seu Jubileu de Ouro. Já estamos nos organizando para formarmos a Grande Companhia da Saudade, com veteranos que virão de todas as partes do Brasil, para festejarmos juntos esse fato histórico.
            A verdade é esta: faz 42 anos que deixei a farda, mas a caserna não sai de mim!
            No ano de 1997, quando nossa Turma, a de 1957, da Escola de Sargentos das Armas - EsSA, sediada em Três Corações - MG, completou 40 anos, lá comparecemos, alunos e monitores, para uma grande festa, que durou três dias. O quadro relativo a esse encontro consta da Página 66 do meu livro Do Jumento ao Parlamento, edição esgotada.
            Em 2007, a festa se repetiu, na comemoração do Cinqüentenário da Turma, cujo quadro lhes apresento a seguir.
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