domingo, 19 de dezembro de 2010

HIISTÓRICA – “A guarda morre mas não se rende!”

O material abaixo foi pesquisado pelo nosso sempre e prestativo colaborador Pekowal da turma de 63. O nosso Granadeiro em questão pode ser classificado como secretário para assuntos históricos e culturais devido ao grande conhecimento que possui e nunca deixar de colaborar.

A expressão “ A GUARDA MORRE MAS NÃO SE RENDE” usada como nosso lema no BGP é oriunda de uma batalha francesa da época napoleônica e é distinta ao fato de se referir ao guarda Imperial, tudo haver com nossa unidade que é em si o batalhão do Imperador.
Mas como surgiu esta expressão?
Na batalha de Waterllo, Às 19 horas, Napoleão então jogou a última cartada. Ele enviou contra o centro inglês os últimos quatro batalhões da Velha Guarda Imperial francesa em uma tentativa de quebrar a então enfraquecida artilharia de Wellington. Wellesley, nesse meio tempo, embora quase tenha dado o toque de retirada, foi beneficiado pela intensa pressão dos prussianos, que diminuíram seu front e lhes livraram algumas unidades.
Nesta ocasião, Blücher (marechal-de-campo prussiano) apareceu com a maior parte das tropas prussianas, atingindo Napoleão no flanco, e Wellesley ordenou o avanço geral.
Em desespero, o general inglês reuniu tudo o que tinha e esperou o ataque final entrincheirado no alto do Saint Jean. Enquanto subia o monte, a Velha Guarda foi assaltada pelas unidades inglesas, alemãs e holandesas. Uma a uma, foram repelidas, enquanto os veteranos de Napoleão continuavam seu avanço.
A 5.ª Brigada inglesa, do general Hallket, tentou pará-los, mas logo seus homens fugiram assustados diante do avanço francês. Apesar de sofrer baixas horríveis e lutar na proporção de l para 3, simplesmente ninguém conseguia parar a Velha Guarda Imperial francesa. Wellesley foi salvo não por suas próprias tropas, mas por um general belga que durante anos lutou ao lado de Napoleão — quando a Bélgica era um domínio francês. O general Chassé, à testa de seis batalhões neerlandeses e belgas, se lançou numa carga feroz de baioneta contra os franceses. O ataque foi demais, até mesmo para a Velha Guarda Imperial. Sem apoio e em menor número, pela primeira vez os veteranos de Napoleão recuaram.
O general Hill sugere a rendição do que restou da Guarda Imperial francesa.
Logo, os gritos de "La Garde recule!" (a Guarda recua) ecoaram pelo campo. O centro inglês havia resistido a despeito de todos os esforços. Pelo lado direito, os 40 mil prussianos finalmente esmagavam os 20 mil franceses que lhes haviam obstruído durante horas. Em um último ato de coragem, três batalhões da Velha Guarda Imperial permaneceram lutando para dar ao imperador a chance de fugir. Lutariam até o fim. Cercados por prussianos, receberam ordem de rendição. O general Cambonne, o líder, teria então afirmado: "A Guarda morre, mas não se rende". Em outro ponto, o marechal Ney, apelidado por Napoleão como "o bravo dos bravos", ao ver tudo perdido, reuniu um grupo de soldados fiéis e liderou uma última carga de cavalaria, gritando: "Assim morre um Marechal da França!
Napoleão, agarrado por auxiliares, foi retirado à força do campo de batalha. Seria posteriormente posto sob custódia inglesa e enviado à distante ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, onde morreria em 1821. A batalha custara a ingleses, belgas, neerlandeses e alemães 15 mil baixas. Os prussianos deixaram no campo 7 mil homens. Os franceses amargaram 25 mil mortos e feridos, além de 8 mil prisioneiros.

Imagem retirada da internet, quadro que representa a batalha de Waterloo

Porém as pesquisas históricas não são assim tão simples e diretas, na parte acima do texto a expressão “A GUARDA MORRE MAS NÃO SE RENDE!” está atribuída ao gen Cambonne, porém em outra pesquisa encontramos o seguinte:
Pierre Jacques Étienne, vizconde Cambronne (Nantes1770-Nantes1842) foi um general francês. Lutou durante as guerras da Revolução e nas guerras napoleónicas. Foi ferido na Batalha de Waterloo. Duas frases célebres são atribuídas a Cambronne durante a batalha de Waterloo. Quando foi determinado a se render por tropas britânicas, segundo Víctor Hugo, contestou: "a GUARDA MORRE, MAS NÃO SE RENDE" ("A garde meurt mais ne se rend pas"). A verdade pode ser mais prosaica: também se diz que teria contestado "a palavra de Cambronne", como se diz cortesmente na França, isto é, "Mierda!" (Merde!).
As cartas publicadas no registro de The Times, redigidas quando era prisioneiro, não menciona que dissesse lá nenhuma destas palavras, mas puderam ser ditas pelo General Claudio-Etienne Michel, morrido em Waterloo.
Estátua de Cambronne em sua cidade natal,Nantes


Imagem popular dos anos 1820, ilustrando as acções do General Cambronne





Caso alguém tenha mais materiais sobre este assunto ou outros, será muito bem vindo.
C.Gomês e Pedro Kowaliauskas


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