sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

HISTÓRICA – ELO, por Pedro Kowaliauskas.

Imagem retirada da internet
               “SI VIS PACEM PARA BELLUM”. Se queres a paz, prepara-te para a guerra, escreveu o autor romano Publius Flavius Vegetius Renatus. E assim justifica-se a manutenção das forças armadas.
            Nas forças armadas o sargento desempenha a função às vezes angelical, às vezes dura, de ser o elo entre o Comando e a Tropa. E aqui venho lembrar uma tarefa realizada por um sargento cujo nome me foge à memória.
            Quando me apresentei para a seleção de incorporação ao exército, o oficial que me recebeu disse: -Mais um para servir em Brasília. Vai dormir em colchão de molas... e dar guarda de vinte e quatro por vinte e quatro... (e riu).
            E era assim mesmo. Mas os soldados acharam um jeito de burlar esta pesada escala de serviço. Como faziam? -Forçavam uma punição, na maior parte das vezes ausentando-se do quartel por tempo maior que o permitido e daí indo parar no xadrez. Com isso ficavam fora da escala de serviço e descansando lá no “X”.
            O comandante do BGP então resolveu dar fim a esta brincadeira mandando que os presos fizessem ordem unida durante um longo período do dia, com as mochilas cheias de pedra.
            Aí veio a interferência do sargento, cujo nome não me lembro. Ele propôs fazer uma horta no batalhão e pediu ao coronel para poder usar a mão de obra dos presos. E foi concedido. Usou também um caminhão do pelotão de transportes para buscar terra preta fértil lá no Gama e fazer os canteiros da horta atrás do rancho.
            Nesta escola chamada Vida, ele é mais um anjo de asas verdes, talvez esquecido pelo mundo.
                                                               oOo


 Debout Les Morts!

Levantai mortos! E gritai!
Que seja assim forte este grito.
Mais forte que a dor da alma.
Tão forte como infinito.
Sorvei as forças eternas.
Lançai o brado de guerra.
Buscai, nos astros ocultos,
Paz para a nossa Terra.



As  gotas de sangue caídas,
De flores se cobrirão.
Da noite, então surgirá o dia:
Um novo clarão!
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